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Belém do Pará

Eu vivia aqui. E aos poucos fui percebendo quando chegava pelos arredores de casa, próxima àquela esquina. E a lógica do caminho até a escola, num ônibus verde e branco após, exatas, 8 paradas. Um sorvete gigante anunciava a alegria que estava por vir. Ouvia seu nome, mas, sem contexto, apenas repetia uma palavra quando me perguntavam de onde eu era. O cheiro da pipoca antecedia à sessão do cinema e, nela, as balas de leite e gomas de Mentex que eu não dividia… Lembro-me de correr por um grandioso jardim, me esconder em casinhas gradeadas espalhadas, ou me esconder embaixo de escadas; por entre rios de mentirinha alimentava peixes; confesso que adorava tomar banho do xixi do papai do céu. Percebia quando estava furioso e que, após as malcriações, viria um barulho estrondoso dos céus obrigando-me a pedir-lhe desculpas. As árvores-de-natal anunciavam as surpresas; e os primos e amigos eram aguardados para celebrar a noite de nascimento do Papai Noel (?!?) Mergulhava em um caldinho ama...

Verdades...

Sobre qual verdade nos debruçaremos hoje ? Sobre a que nos distancia da alma e não livra da agonia o nosso coração ? Ou sobre a que nos cala diante de todos, sem revelar a nossa louca paixão ? Não sei se luto para ser quem eu devo ser ... Ou se luto para revelar o que eu quero , quem eu realmente sou . E então, como fugir da dor , se para ambos os lados haverá perdas irreparáveis? Com o  evitar que o peito se aperte, independente das escolhas? Coragem para decidir? Impulsividade para acabar? Sofrimento para mentir ? Dúvida sobre qual verdade revelar? Saudade quando te vejo partir? Tristeza quando te vejo voltar? Drama quando penso sair? Felicidade quando sonho que dá? Paixão que insiste em resistir ? Amor por quem devo evitar? Será que meu destino é esse mesmo? Fadado a enganar a saudade, enganar meu pensamento e esquecer você ? Enganar, enganar? Dúvidas e mais dúvidas... Ao tempo em que esse querer comprimid...

Já me bastas!

Precisava entender a mim mesmo para descobrir o que procurar e ser feliz... Mas não consegui! Porque por ti eu mudo, me adapto, reajo por impulso, me esqueço, tangencio, fico recluso Me confundo, me engano, me distraio para sorrir e poder te fazer sorrir E não ligo para o amor próprio... Não ligo para as teorias da reciprocidade, de conjunto, da soma... E saber que estás no mesmo mundo que eu, já me faz sorrir... E na mesma geração, diante da quantidade de anos da existência de toda a humanidade... Deus te fez nascer exatamente no mesmo tempo que eu... No meu tempo... Sorte a minha!! Por que não me animar? Anima saber o que lhe deixa feliz, lhe transmite paz... Anima poder ser parte desse processo, ainda que dentro de mim, que lhe faz mais... Talvez Relendo tudo isso até aqui Tenha compreendido a chave do meu dilema... Não há mais o que procurar... Encontrei você aqui, pertinho, absolutamente dentro de mim Já estás...

Um só corpo.

E no cair da madrugada Senti tua mão em mim Acordei assustado, confuso Meus olhos quase não abriram E quando dei por conta Entendi E virei, sussurrei ao seu ouvido Palavras quentes dos amantes De amor, desejo, prazer Por um momento infiel Sem pudor algum Desprendi-me do respeito e viajei E falei que iria te despertar E nos lençóis, o desencontro A boca salivou, teu pescoço beijou E aos poucos foi ao encontro do colo E por lá fiquei brincando Sua camiseta não se segurou Fugiu de mim, deixou-nos a sós Beijei ambos sem deixar ciúmes E seus gemidos deram o alerta Vá além E minhas mãos me fizeram companhia Tirei-lhe o resto para entrar o frio E então Mais uma vez Cúmplice, covardemente Minha língua deixou a boca para trás E quente como a mente Invadiu-lhe, adentrou-lhe e descobriu E se lambusou E foi além Num ritmo coordenado pelo gemido As mãos trabalhando pelo seu corp...

Posso falar?

Oi Tudo bem? Posso falar? Queria gastar teu tempo Te encontrar E conversar Mas se não der Sem problemas, entendo Após tantos anos Percebi que tudo deveria ter sido dito Lá atrás Agora Já mais perto do fim Nem tem mais sentido A não ser que Se descubra um jeito real De estender por outra vida Os sentimentos corrompidos pelos amores carnais Gostaria de antecipar esse momento Pra ter a certeza de que meu esforço Quase um sacrifício da alma Ainda pudesse ter efeito A covardia até agora me dominou A coragem até então me abandonou Mas eu vou falar Aprisionado em mim Assim meu coração seguiu Sufocado, amordaçado Lutou insensantemente para enganar até meu olhar E disfarçar, desviar Por que? Eu não sei dizer Mas sinto o quão forte é amar você E jamais dizer Engasga, aperta Eu nunca consegui dizer E então As palavras escritas passaram a ser o meu refúg...

My heart, it’s broken

And my heart, behold, it’s broken It was strong but now it’s over Big mistake, you’ve been following my steps Cause my heart that time was to you a misstep But you are gone, and now it’s broken If sometime, the flowers smile, The moon cradled our nights The rain stamped our flights Today There’s no Sun shining my wit, No wind to bring you here There’s no eyes without tears My heart, it’s broken Let’s turn back time we were one Bring back our first kiss That song insisting not to end And do not miss it Bringing back the time we met each My heart… Behold, it’s broken Now I’m alone The sky doesn’t fit in me anymore How? How to keep going without yours To move without your love For my heart, come back To my hatch

Vem pra cá!

Abra a janela da sala Deixa a luz entrar Empurra o sofá pro canto Aumenta o volume do rádio Escolha teu par Abraça forte Sinta o cheiro do perfume Comece a dançar U2, Simple Red, Beatles Jota Quest, Paralamas, The Fevers Viaje, transcenda, respire, transpire Não importa Vem pra cá Preencha o tempo Controle o vento Enquanto segue a trilha Escamoteie o frio Meta o pé na porta Te infiltra num coração vazio Inebrie com seu olhar Seja a causa de estar Permita que alguém possa chegar E tal como você se propôs a ir Alguém apaixonado por você Na noite em que a chuva teimar cair Também vai lhe convidar E no compasso dos sim's A voz rouca e melosa dirá Vem pra cá