Demos Bandeira!

Não dê conversa
Não dê Bandeira!
E crescemos nesse tom para afastar quem deveria ficar por lá
Mas como conselhos por vezes esvaiem-se pelos ouvidos
Demos Bandeira!
E fomos invadidos pela musicalidade, pelo encantamento grave, inebriados pelo dom, nos vimos apaixonados pelo artista
Demos Bandeira!
E o que se viu foram únicos feitos
subindo aos palcos e, delicadamente, com a sutileza dos furacões, nos deslumbrou e marcou como um dos nossos mais completos artistas
Barry Walter, ou Bandeira White que fez da nossa Belém um celeiro de palpites, musicalidade e contradições
Porque foi assim
No justo instante em que o mundo era quase nosso
Ele se foi daqui
Clamamos por sua volta!
Não há canção sem teus olhos
Nem as manhãs são as mesmas com seu adeus
Aos gurus da humanidade, que pregam os afastamentos e pretendem nos livrar de tenras conversas
Por ele toda uma cidade fugiu da linha
E da saudade faceira, teimou e contrariou
Para todo e sempre
Damos Bandeira!

(Homenagem póstuma ao músico paraense Walter Bandeira, que nos deixou em 2009)


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