Ahh o teu abraço...

Ao terço do mundo falei de ti
Viajei nas palavras que juntas formavam inúmeros poemas
Relatos do meu amor, da minha saudade
Das vezes que fugiste mas logo depois voltaste
Testemunhei contra a razão que tantas vezes tentou me fazer te esquecer
Teimei, briguei com as lágrimas que outras tantas vezes persistiram em cair
Muitas histórias, a felicidade esteve presente inúmeras vezes por aqui
Certeza que por esses momentos bons, transparentes e reciprocamente cúmplices
E...
Ontem quase abracei alguém
Quando viajei pelo perfume que resgatou você
Voltaste sorrindo, feliz, com os olhos fechados como se aguardasses o meu beijo
Suspirei por um momento, te vi realmente ali
Ah o seu perfume…
Misturado no teu abraço então...
Perfeição!
Por ele quase abracei  alguém
E o que diria depois?
Desculpe moça, mas o meu abraço tentou trazer de volta um grande amor
Ou talvez a tenha abraçado por precisar acalentar um peito sofrido, carente
Desculpe moça, mas foi com todo respeito que faz de mim um digno homem
Sabe-se lá o que eu diria após um ato espontâneo, mas desesperado na tentativa de rememorar o verdadeiro abraço
Aquele abraço que me confortava tanto
Que invadia minha alma e permitia uma comunicação transcendente
Que transmitia paz, preenchia-me por inteiro
Ah que saudade do teu abraço…
Ah que vontade de te ter aqui de novo
Um perfume para impulsionar um gatilho e surpreendentemente resgatar você
Não foste daqui ainda!
Vives aqui em mim!
Forte, intacto, desafiador
Pensei já dominar meus sentimentos ao teu respeito
Um perfume foi a rasteira que ontem levei
Trouxe-lhe de volta
Desmoronei...
E agora
Mais um tantão de tempo pra me dar a impressão que foste de vez
E outro perfume pra me fazer ter a certeza que você
Levarei eternamente no coração
E em tudo o que for mais
Por tantas outras vidas
Mais outra, outra vez.

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