Um nada criativo

Noites com sol pelo clarão da tua
Passatempo esperto como pedinte de rua
Amanhã começo na antecedente nua
Choro esperto vidrado na sua

Caminho inverso remetendo ao chão
Psicopata louco com o pires na mão
Vidraceiro liso correndo da confusão
Dancei na chuva o tom da escuridão 

Saindo ao leste me enfiei no caminho
Virei a esquina e descobri o assassino
Fugi de ti como um clandestino
Pé no asfalto quente e me vi sem destino

Folhagem solta arrastou-se na breja
O colorido ficou diante daquela festa
Beija-flor cantou um sabiá-seresta
Perfume venceu e quebrou na tua testa

Tórridas mentes quentes brotaram
Caipiroskas ocas de osso gelaram
Debruçado no abismo cassinos herdaram
Soluço no sonho em meio à serragem

Aos tiros e barrancos tropecei na tua cola
Solícito encaminhei na esperança a roda
Mandante do destino encapuzado na soda
Solavanco no capricho da rotina não demora

Falsos traços de rimas incompletas
Trambiqueiros de plantão aos montes em vielas
Frisar no chão um coração de duas molecas
Flertar com o peso do cheiro assim tão belas

Foi ao fim o turbilhão de fatos
Tentando esconder por entre vigas os atos
Muletas quebradas caíram dos cachos
Madeiras despedaçaram-se em cacos exatos

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