Um sobrevivente. 2° ato.

Como será?
Meu dia ao olhar ao meu redor e descobrir que não estarás lá
Como será?
Que minhas noites serão iluminadas sem teus sorrisos, desabafos, confidências e declarações
Como será?
Que adiante suportarei tamanha falta da tua voz que confortavelmente me preenche toda a vida
Como será?
Que vou sobreviver ao tempo que passará lentamente na tua ausência tentando me sufocar...
Resistirei...
Porque minha resposta tem fundamento, é verdadeira, tem sentimento
Porque por mais que da sua boca eu não ouça o que sempre espero ouvir
Os seus olhos lhe traem, me revelam e me fazem sonhar
Denunciam um terreno que está à espera do meu amor pra germinar, construir...
Uma história de sonhos a serem realizados
De poesias apaixonadas, músicas soletradas...
De paraísos a serem descobertos, noites a serem exploradas
De emoções a serem vividas, contextos entrelaçados
Por mais que tarde...
Um dia essa construção vai começar
Pra quem já perdeu a noção do tempo, da hora
Suplicou às luzes do mundo afora
E viajou entre os anos pelo vento até agora
Algumas primaveras a mais, invernos sem cobertas, outonos sem flores e verões de pouco sol
Não serão suficientes para me fazer desistir
Porque se isso acontecer...
Tenho certeza que não mais estarei dentro de mim mesmo...
Terei morrido com a certeza de que em algum outro momento, ainda que nas estrelas...
O meu amor estará reluzente, brilhante...
Porque da mesma forma que hoje a dor teima em resistir
Teimarei acreditando que por ti eternamente vou viver.
Hoje e sempre, meu até breve!

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